quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A FALÁCIA DO EVANGELHO DA AUTO-ESTIMA (PARTE II)

A FALÁCIA DO EVANGELHO DA AUTO-ESTIMA


O evangelho da auto-estima sofre oposição frontal das Sagradas Escrituras. O evangelho da auto-estima é uma libertação da baixa-estima, o evangelho verdadeiro é uma libertação do pecado; o evangelho da auto-estima é a acerca de nós, o evangelho verdadeiro é acera de Deus; o evangelho da auto-estima é sobre nossa necessidade de realização, o evangelho verdadeiro é sobre nossa necessidade de justificação e santificação. O pastor Robert Schüller, um dos precursores do evangelho da auto-estima, no seu livro “Auto-estima: a nova reforma”, diz que a necessidade mais fundamental do homem é a auto-estima e que Jesus morreu para elevar a auto-estima do homem. Segundo Schüller, a mensagem do evangelho tem que focalizar a satisfação das necessidades emocionais e psicológicas do ser humano. Na verdade, o que Schüller prega é que devemos abandonar o escândalo da cruz, a vida de renúncia e a autonegação e ficarmos com o blá-blá-blá da psicologia. A conseqüência imediata do evangelho da auto-estima é a mensagem adulterada do verdadeiro evangelho, ou seja, os meios de santificação progressiva e um viver bíblico têm seu enfoque mudado de bíblico para terapêutico, a fé passa a ser uma fé terapeuticamente direcionada e a mensagem debaixo da unção do Espírito Santo é trocada pela fraude de Freud. A igreja de Laodicéia (Ap 3:14-22) era esplêndida, considerava-se rica e saudável, ou seja, essa igreja representa a igreja aliada ao evangelho da auto-estima, ao evangelho da auto-realização. Por outro lado, a igreja de Esmirna ( Ap 2:8-11) é descrita como pobre, em tribulação e em grande perseguição. Deus disse para a igreja de Laodicéia que a vomitaria de Sua boca, mas para a igreja de Esmirna, Ele disse que seus membros iriam receber a coroa da vida.
Quando Deus escolheu Moisés para libertar o Seu povo, Moisés alegou ser incapaz de tal missão e pediu-lhe que escolhesse outra pessoa (Ex 3:11; 4:10-13). Aqui cabem algumas perguntas: Deus receitou a cura interior para libertar Moisés das memórias encobertas, por ter ele sido abandonado pelos seus pais e criado num lar adotivo? Deus deu a Moisés meses de aconselhamento psicológico para ele melhorar a sua má auto-imagem e aumentar sua auto-estima? Deus instigou Moisés a uma autoconfiança? A resposta a essas indagações é NÃO! Deus simplesmente prometeu ser com Moisés e operar milagrosamente por meio dele “Eu serei contigo” (Ex 3:12). Os pastores envolvidos com o evangelho da auto-estima com certeza diriam para Davi: “Davi você precisa fazer um curso de autoconfiança antes de enfrentar Golias”; “Davi quando você encarar Golias, você vai perder sua auto-imagem, e vai ficar com uma péssima imagem de si mesmo” “Davi você é baixinho, Golias tem 3 metros de altura; você é magrinho, Golias é musculoso; você precisa elevar a sua auto-estima para poder vencer Golias”. Mas rejeitando a armadura de Saul e, com apenas uma funda e cinco pedras, Davi subiu contra Golias que estava poderosamente armado e disse-lhe: “Eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, hoje mesmo o Senhor te entregará em minhas mãos (I Samuel 17: 45-46). A confiança de Davi estava no Senhor e não em si próprio. Mesmo que Davi não fosse hábil com a funda, Deus o capacitaria a acertar o alvo. Não precisamos de terapias, não precisamos melhorar a auto-imagem, precisamos, sim, confiar em Deus. Devemos contemplar a Deus e não a nós mesmos. Foi quando Jó teve um vislumbre de Deus e disse: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem” (Jó 42:5), que ele foi restaurado pelo o Senhor. Foi quando Isaías teve a visão de Deus e clamou “Ai de mim! Estou perdido!”(Is 6:1-8) que Deus pôde usá-lo. A Bíblia está repleta de homens e mulheres odiados, abusados e renegados, mas que triunfaram porque confiaram em Deus.
A Drª Susan Black, professora do curso de Educação da Faculdade de Elmira, no Estado de Nova Iorque, e consultora profissional para muitas escolas e indústrias, realizou extensos estudos acerca dos muitos programas para a elevação da auto-estima utilizados em escolas e indústrias por todo o país. Após revisar a parte mais relevante acerca da auto-estima em mais de 100 publicações de Universidades, pesquisadores independentes, secretarias distritais de ensino e outras agências ligadas ao ensino, ela concluiu que a tentativa de elevar a auto-estima das pessoas foi, em grande parte, uma perda de tempo.
Ninguém nunca conseguiu demonstrar que o estímulo à auto-estima está de algum modo, ligado à responsabilidade social e pessoal. Nunca se provou que todos aqueles que demonstram responsabilidade social e pessoal possuem auto-estima elevada. Não há uma relação direta de causa-efeito, o que prova a falácia do evangelho da auto-estima. Portanto, o movimento do evangelho da auto-estima é subversivo e, na realidade, não é obra de carne e sangue, mas dos principados e potestades, dos dominadores deste mundo tenebroso, das forças espirituais do mal nas regiões celestiais, como diz Paulo em Efésios 6:12. É lamentável que muitos pastores já caíram na malha do engodo do outro evangelho: o evangelho da auto-estima.
Ir. Marcos Pinheiro

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