sábado, 14 de janeiro de 2017

JUDAIZAÇÃO DO EVANGELHO: ATOS PROFÉTICOS, VISITA A ISRAEL



   JUDAIZAÇÃO DO EVANGELHO: ATOS PROFÉTICOS, VISITA A ISRAEL


Havia na igreja de Colossos pessoas tentando anular a liberdade cristã, sujeitando-a a práticas descritas no Antigo Testamento. Essas pessoas influenciavam os convertidos a observarem a legislação do judaísmo, a fim de completar a obra da salvação. Hoje, muitas igrejas voltaram a adotar a heresia judaizante. Há igrejas que sentem dificuldades de descansar na obra vicária de Jesus. Pastores estão resgatando práticas judaicas e implantando-as nas suas igrejas.

No Antigo Testamento havia o ministério profético. Hoje, há o dom da profecia. Paulo enfatiza em I Coríntios 14:3 que o que profetiza fala a homens, edificando, exortando e consolando. Mas, os judaizantes modernos fazem uso do Antigo Testamento para promover “atos proféticos”. Dizem eles: “Moisés ordenou e o mar se abril; Josué ordenou e o rio Jordão se dividiu em partes; Elias ordenou e caiu fogo do céu, logo podemos ordenar e as cidades serão salvas”. Isso se choca com a soberania de Deus. É como se o céu se submetesse ao comando da terra.

A terra não governa o céu. Jesus nunca ensinou que as cidades seriam ganhas para o Seu Reino através de “atos proféticos”, mas com evangelização. Os discípulos foram enviados para evangelizar (Lc 10: 1-11).

A judaização tem penetrado despercebidamente nas igrejas evangélica através do turismo que elas promovem à Israel. Começa logo pelo título “visita à terra santa”. A ideia de que Israel é uma terra santa e que a cidade de Jerusalém é a santa cidade não é bíblico. Não há uma terra santa. No cristianismo não há lugares santos. Nem objetos santos. Para Deus, santa, é a Sua igreja que foi comprada com o sangue do cordeiro. Santa para Deus é a Jerusalém espiritual.

O fetiche com relação à nação de Israel é tão grande que pastores chegam às raias da blasfêmia rebatizando suas ovelhas no rio Jordão. E, insanamente dizem: “Eu te batizo nas mesmas águas que Jesus foi batizado por João Batista”. Mentira! Aquele não é o rio Jordão onde Jesus foi batizado porque as águas são outras. As duas moléculas de hidrogênio e a molécula de oxigênio podem estar hoje em alguma nuven, ou na bacia amazônica, ou no mar, ou no rio Tietê em São Paulo, ou no rio Pajeú em Fortaleza.

Ademais, tanto o pastor como as ovelhas que são rebatizadas no Jordão estão vulgarizando o batismo. Estão tirando o valor teológico do batismo. A Bíblia diz que o batismo é único, singular e irrepetível.

A judaização do Evangelho caminha de mãos dadas com a superstição. Superstição gera idolatria. É comum, crentes trazerem de Israel azeite do monte das oliveiras, pois acreditam que tem poder curador. Trazem água do Jordão, areia do mar morto. Fazem orações no muro das lamentações, pois acreditam que lá as orações terão maior probabilidade de serem respondidas por Deus. Há um fetichismo com folha “santa”, areia “santa”, água “santa”.

Pastores estão tão enlaçados com a judaização que chamam, na linguagem do Antigo Testamento, a sua igreja de “santuário”. O lugar onde ocorre o culto é o lugar de culto. Deus não mora em prédios. Mora em pessoas. Nós somos o santuário (At 17:24). Santo não é o chão onde ocorre o culto. Nem as paredes. Nem o teto. Santos são os remidos do Senhor!

Ir. Marcos Pinheiro


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