sábado, 1 de abril de 2017

CIFRÃOLOGIA: CIFRÃOLOGOS NO MEIO EVANGÉLICO



           CIFRÃOLOGIA: CIFRÃOLOGOS NO MEIO EVANGÉLICO

Como se apossar das riquezas dos incrédulos? É o lema dos gurus da cifrãologia. Na verdade, os cifrãologos com suas mutretas e malabarismos de versículos bíblicos se apossam também das riquezas dos crentes. Os cifrãologos propagam veementemente que crente tem que ser rico e o ímpio tem que ficar pobre. Riqueza é evidência da salvação. Sendo Deus o dono de todo ouro e toda prata não é sensato que Ele deixe as riquezas nas mãos dos incrédulos.

Os argumentos dos cifrãologos são falaciosos. Não têm apoio nas Escrituras. Em nenhum momento a Bíblia destaca princípios para enriquecer. Não há registro bíblico de que os bens materiais é o maior valor da vida como apregoam os gurus da cifrãologia. As palavras de Jesus são inconfundíveis: “Porque a vida de um homem não consiste de abundância das coisas que possui” (Lc 12:15).

O crime teológico dos gurus da cifrãologia é dizer que bens materiais são prova da salvação e de espiritualidade. Não tê-los significa fé escassa. A posse de bens, joias, ações, dólares, luxuosos carros do ano, jatinhos, casa própria, casa de praia, casa de campo, são boas evidências de situação espiritual. Para esses réprobos, os pobres deixaram de ser necessitados e passaram a ser pessoas em pecado. Eles associam o progresso econômico com a fé.  E formam um princípio antibíblico criminoso: “O crente prospera, se alguém não prospera, não é crente”.

Os líderes cifrãologos para fortalecer seu mamonistério estabelecem o famigerado “culto dos empresários” ou “culto dos homens e mulheres de negócios”. Por que não estabelecem o “culto das domésticas”? Ou o “culto dos homens e mulheres da favela”? O esquema desses falsários do Evangelho é simples: quem é crente fiel é abençoado materialmente. Se não é abençoado é porque lhe falta vida santa. Quem tem fé fica rico. Quem não fica, não tem fé. Não foi isso que Jesus ensinou.

Os avarentos fariseus consideravam as riquezas uma bênção divina, derivada da sua observância da Lei. Eles zombavam de Jesus (Lc 16:14), que era pobre, porque consideravam que sua pobreza era um sinal de que Deus não o honrava. Portanto, a ideia de que a riqueza é um sinal do favor especial de Deus, e que a pobreza é um sinal de falta de fé e do desagrado de Deus é uma atitude farisaica.  Essa atitude falsa é repelida por Cristo (Lc 6:20).

Os cifrãologos removeram o significado da cruz de Cristo. Removeram "Se alguém que vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9:23). Seguir a Cristo não pode ser dimensionado em termos de "quais as vantagens materiais?". Jesus merece o nosso amor pelo que Ele é.

Seguir a Cristo é dispor-se a viver por ele, mesmo que isso implique em sofrimento, ausência de bens materiais e até em morte. A cifrãologia é alienante, parcial, injusta e elitista. Massageia o ego e a vaidade: "Deus está contente comigo, pois Estou enriquecendo!" Engano! Fantasia!

O Senhor é honesto para com seus filhos. Quem se envolve com o Reino de Deus há de enfrentar dificuldades. Deus não é o bom velhinho que traz bônus e brindes para os bons meninos, os membros da igreja, e penúrias a outros. Ele nos declara que seguir a Cristo é um projeto sério e não pode ser feito por gente que só vê valores monetários, só vê cifrão. 

Só os fortes podem segui-lo. Ou os fracos que ele fortalece. A vida cristã é batalha. E, batalha renhida!

Segue os principais cifrãologos do Brasil: Edir Macedo, R.R Soares, Valdemiro Santiago, Renê Terra Nova, Agenor Duque, Marco Feliciano, Silas Malafaia, Jorge Linhares, Estevam Hernandes, Robson Rodovalho, Samuel Câmara (Assembleia de Deus em Belém), Samuel Ferreira (Assembleia de Deus Madureira).

Tenho dito,
Ir. Marcos Pinheiro

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