sábado, 15 de abril de 2017

TEMPLO-MANSÃO: O BEZERRO DE OURO ATUAL



           TEMPLO-MANSÃO: O BEZERRO DE OURO ATUAL


Na visão de muitos pastores uma igreja de estrutura física pequena é irrelevante. A relevância é quantificada pelo tamanho físico, pela estrutura, pelos múltiplos programas e atividades. Mesmo que um drogado seja regenerado, uma prostituta se torne uma excelente mãe, um depravado se torne uma pessoa santa e um criminoso se converta, a igreja continua sendo irrelevante se estruturalmente é pequena.

A igreja deve ser percebida não pelo seu tamanho físico. Sua utilidade e relevância residem em cumprir a missão para a qual foi chamada: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2.38). A igreja do Senhor Jesus não está no mundo para ser vista como estruturalmente pomposa, mas mensageira de um ultimato. Ela deve chamar os homens ao arrependimento e a viverem uma vida santa e irrepreensível.

Na mente dos discípulos, o templo de Jerusalém era uma grande obra. Tinha uma estrutura física inigualável. Os discípulos, entusiasmados, levaram Jesus para mostra-lhe a suntuosidade do templo, a grandeza das estruturas e as multidões que afluíam ao templo. Eles esperavam elogios por parte de Jesus. Mas, Jesus jogou uma ducha de água fria sobre o entusiasmo dos discípulos. Disse-lhes: Tudo isso vai se acabar. Não vai sobrar pedra sobre pedra. A mensagem de Jesus para os discípulos era que eles mudassem o foco de suas atenções. Tirassem os olhos da pompa, da suntuosidade.

Hoje, muitos ministérios foram descaracterizados por causa de um enfoque equivocado sobre a igreja. Assuntos espirituais deve ser a função primeira de qualquer ministério. E não me digam que construção de mega-templos é coisa espiritual. Um pastor disse: “Temos um mega-templo e mais: creche, casa de recuperação de drogados e asilo de velhos”. O fato de ajudar os carentes não justifica os gastos com mega-templo. Os benefícios realizados não justificam a suntuosidade e o luxo. O fim não justifica os meios.

O que está por detrás das construções de mega-templos é o orgulho. Pastores estão em competição acirrada nessas construções. Cada um quer construir um templo maior, pois pastorear uma igreja pobre, sem expressão visual não dá status. A preocupação é com a reputação pessoal e não com a vontade de Deus. Deus é colocado na periferia e o fazer humano no centro. Os alvos espirituais foram trocados pela performance, pelo numérico, pelo quantitativo.

Há pastores que estão atolados na autoidolatria. O mega-templo é o seu grande ídolo. É o seu bezerro de ouro. A regra de vida de sua igreja não é o manual de Deus, a Bíblia. A saúde da igreja está em maximizar as entradas financeiras. A espiritualidade é opaca.

É urgente abandonar o bezerro de ouro do mega-templo e reentronizar o Deus verdadeiro em nossas igrejas. Precisamos de vidas santas e não de estratégias para construção de mega-templo. Necessitamos de um avivamento que acabe com o “eu”.

Tenho dito,
Ir. Marcos Pinheiro


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