sexta-feira, 25 de agosto de 2017

CRESCIMENTO DA IGREJA NÃO É FUNÇÃO DO PASTOR



                 CRESCIMENTO DA IGREJA NÃO É FUNÇÃO DO PASTOR

Lamentavelmente, a igreja tem sido olhada como uma obra humana. A visão de igreja está secularizada. Ela está sendo vista como um organismo social. Pastores criaram “laboratórios eclesiástico-humanísticos” onde técnicas e mais técnicas humanas estão sendo utilizadas para crescimento da igreja.

A missão de um pastor não é produzir o crescimento da igreja. Crescimento é consequência da missão cumprida.  Qual a missão a ser cumprida? “tenho verdadeiro ciúme de vós e esse zelo vem de Deus, pois vos consagrei a um único esposo, que é Cristo, a fim de vos apresentar a Ele como virgem pura” (1Co 11:2). “... Aconselhando e ensinando cada pessoa, com toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.28). A missão precípua é zelo e cuidado pelas ovelhas. Quando os crentes amadurecem, a igreja cresce. O crescimento é natural. Não é produzido em “laboratórios eclesiástico-humanísticos”. Deus dará o crescimento através das vidas santas dos crentes.

Precisamos de pastores que formatem suas igrejas espiritualmente. Que abandonem técnicas e modelos humanos de crescimento. Que entendam que o crescimento é obra de Deus. “Eu plantei; Apolo regou; mas foi Deus quem deu o crescimento” (1Co 3.5). Precisamos de pastores que sejam pastores, e não funcionários eclesiásticos. Pastores que se preocupem em ganhar vidas e doutrina-las, e não em fidelizar clientes para ter gente no prédio. É triste, mas ideia empresarial prevalece. O negócio é crescer de qualquer modo. A meta é ter mais capital. Santificação e abandono de pecado não tem sido prioridade.

Na ânsia de crescimento, a igreja assumiu uma postura nitidamente secular. Ela santificou o pensamento secular. Tornou-se um parque de diversão para a classe média. Uma catarse para a classe pobre. Um grupo de moralistas de fachada. Um reformatório abrandado. Uma comunidade de burgueses “espirituais” que se acha superior à plebe. Muitos pastores abraçaram a “geração shopping” e acabaram produzindo uma “igreja shopping” com fast-food carnal. Nesse contexto, o culto deixou de ser, confissão, consagração e revisão de valores.

Alguns dizem: “A igreja evangélica brasileira está crescida e bem definida”. Engano! Está inchada. Muito do que se ouve dos púlpitos não é Evangelho. Seguindo as normas de publicidade moderna, pastores vendem o Evangelho como se fosse um novo refrigerante. Artificial e descartável. O que impera na igreja “crescida” é o triunfalismo infantil que não influencia a sociedade. No passado, o nome “crente” trazia uma carga de respeito, hoje, a sociedade debocha. No passado, “pastor”, era um homem honrado, hoje, frequentam com assiduidade as páginas policiais.

A igreja “crescida” assumiu um discurso banal. Faz o jogo da mídia. Tornou-se irrelevante para uma sociedade irrelevante. Os pastores da igreja “crescida” pregam ecos das palavras humanas, e não a Palavra de Deus. O lema do púlpito é Sola Cultura. Seus sermões adulam pecadores. Eles insistem em ser grandões. Acham que isto é sinal de importância. Aos olhos do homem pode ser. Aos olhos de Deus o importante é pregar todo o Seu Conselho. É viver o Evangelho.
I
r. Marcos Pinheiro.

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