sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

PASTORES SECULARIZADOS



                                        PASTORES SECULARIZADOS

Sinceramente, fico chocado com a visão secular de alguns pastores entre nós. Ouvi de um pastor: “para a igreja viver com segurança precisa ter, no mínimo, 2 milhões de reais em caixa”. Que frase mundana! A maior segurança da igreja está em viver dentro da Palavra, na presença de Deus.

Efésios 4:1 ressalta que Deus deu pastores à igreja e não gerentes de empresa. Gerente deve ficar em empresa, não na igreja. Lamentavelmente, as reponsabilidades sacerdotais de muitos pastores foram à bancarrota. Em Atos, os pastores oravam, jejuavam, ensinavam, pregavam e cuidavam das pessoas.

Hoje, fiscalizam as construções de seus templos faraônicos. Supervisionam a colocação de tijolos, granitos, cortinas, vitrais, instalação de telões 3D. Simplesmente, flertam com a modernidade. E, alardeiam: “Nosso templo é o mais lindo da cidade”.

Os pastores secularizados vivem de campanhas financeiras. Esmeram-se na criatividade para mobilizar o rebanhão. Estabelecem oferta como se oferta pudesse ser estabelecida. Do púlpito vende-se tudo. Tornou-se um botequim. A característica dos pastores secularizados é que o seu carisma não vem do Espírito, mas de técnicas de lavagem cerebral. Usurpam a ação do Espírito Santo trocando-a por técnicas de animação do povo tipo: “realizaremos a maior cruzada da história brasileira”.

Quando a igreja é espiritual não há necessidade de técnicas de animação nem de lavagem cerebral. O Espírito move os corações dos crentes. Foi assim que o Espírito agiu na vida de Barnabé, levando-o a vender seu terreno, sem que houvesse uma campanha para tal, e trouxesse o valor à igreja (At 4.36-37). Onde há espiritualidade há recursos. O pastor secularizado crê que a salvação e o futuro da igreja não estão em Deus e na oração, mas em estratégias de surrupiar dinheiro do rebanho.

O pastor secularizado não é moldado pelo manual que Deus deu à igreja, a Bíblia. Deus disse: “Minha é a prata, e meu é o ouro, diz o Senhor dos exércitos” (Ag 2.8). Salmo 50.12 enfatiza: “Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo e a sua plenitude”. Deus tem os recursos. O problema é que os pastores secularizados aposentaram o Espírito Santo. Colocaram Deus na periferia e o fazer humano no centro. Usam a igreja como degrau para escalada pessoal rumo ao sucesso. Têm o Evangelho como pretexto. Seu ministério é promovido mais que o nome de Jesus.

É comum no culto os pastores secularizados enfatizarem: “filma, filma aqui, veja o que Deus está fazendo, cadê a alegria da igreja, cadê a alegria da igreja, eu não estou vendo vocês glorificarem ao Senhor”. Que vulgaridade! É o culto à personalidade. Estronda o eco de sua própria voz e atribui ao eco o status de voz divina.

Que o Senhor tenha misericórdia!
Ir. Marcos Pinheiro.


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