sábado, 10 de fevereiro de 2018

SALVAÇÃO A PRESTAÇÃO? ESSA NÃO!



                           SALVAÇÃO A PRESTAÇÃO? ESSA NÃO!

Há duas condições para o homem nascer de novo, ser regenerado, ser salvo: arrependimento e fé. A fé é a confiança em Cristo Jesus como Senhor e Salvador. É a total entrega da personalidade a Deus por parte do pecador. O arrependimento implica mudança radical do homem interior.

Desde o início do Evangelho que o arrependimento é mostrado como necessário à conversão. A palavra grega para arrependimento é metanóia, que traz a ideia de virar a mente pelo avesso. É uma mudança radical.

Precisamos voltar a este ponto crucial: a conversão implica em mudança radical de estilo de vida. Um convertido muda de comportamento porque muda sua visão. A pessoa convertida rompe com a prática do pecado. Passa a ter nojo da prática do pecado.

Regenerar significa “gerar outra vez”. É o novo nascimento, que Jesus expôs a Nicodemos. A pessoa muda tanto que se torna outra criatura. A conversão transforma a pessoa. O pecador regenerado amava o pecado, mas agora ama a Deus e quer agradá-lo. Não é mais escravo do pecado.

Nesse contexto, dizer que há pessoas que se convertem repentinamente e outras se convertem a prestação não tem respaldo bíblico. “Convertido” que vai deixando as coisas do mundo devagarinho não existe nas Escrituras – “Se o filho de Deus vos libertar verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36). O convertido não sai do mundo aos poucos.

É devido à “Doutrina da Salvação a Prestação” que muitos que estão nas igrejas não acham nada demais ser crente e pousar seminua nas redes sociais. Não acham nada demais ser crente e, assistir filmes pornográficos, ter relações sexuais antes do casamento, sonegar impostos, subornar o guarda de trânsito, ser dono de uma rede de motéis, dançar em um bloco carnavalesco, continuar fumando.

A “Doutrina da Salvação a Prestação” levou a igreja contemporânea a ser mundana. Muitos ministérios e serviços são mundanos, porque copiam a mentalidade do mundo. O espírito do mundo permeou a vida eclesiástica. O Reino de Deus é visto por uma perspectiva umbilical, ou seja, do ponto de vista do seu umbigo. A visão é de ser uma mega-igreja. O que é isto a não ser mundanismo, espírito de grandeza?  É preciso evitar personalismos e sufocar a necessidade de brilhar e obter reconhecimento.

A maior necessidade das lideranças hoje é ter “a mente de Cristo” (1Co 2.16).  Pastor, você pensa como Cristo ou como o mundo? Para pensar como Cristo se faz necessário viver à sombra da cruz. A cruz é a única fonte de saúde espiritual válida para nós. Ela é libertadora da “síndrome do umbigo”. A volta à ortodoxia bíblica é o excelente antídoto à “Doutrina da Salvação a Prestação”.

Ir. Marcos Pinheiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário