quarta-feira, 27 de agosto de 2014

APARTAI-VOS DOS TAIS


                                  APARTAI-VOS DOS TAIS

 

O diabo é mestre em falsificar, com suas falsas bíblias, falsos pastores e falsas doutrinas. O relativismo campeia livre no cenário evangélico brasileiro: homossexualismo é pecado? depende; aborto é pecado? depende; sonegar impostos é pecado? depende; relação sexual antes do casamento é pecado? depende; assistir filmes pornôs é pecado? depende; nudismo é pecado? depende; músicas seculares nos cultos é pecado? depende. A resposta “depende” está sempre nos lábios dos modernistas liberais.

Lamentavelmente, muitos crentes ainda vivem debaixo das blasfêmias doutrinas dos modernistas liberais que liberam sua voz “profética” determinando um sem fim de “bênçãos” para um rebanhão incauto. Para iludir o rebanhão que freqüentam o culto, o pastor liberal grita veementemente: “Deus te chamou para conquistar as nações”, “Deus te chamou para saquear o inferno e povoar o céu”, “Há 72.000 anjos designados por Deus para te servir nesta noite de celebração”, “Quando você fala sai fogo de Deus da tua boca”. Isso é dito com o objetivo de levar os ouvintes a liberar suas emoções. Enfim, a liturgia é voltada para satisfação do homem.

Na verdade, o movimento das igrejas modernistas liberais visa sensações. Os corinhos cantados em suas igrejas trazem teologia incorreta e conceitos absolutamente vagos, mas fazem “bem” às pessoas. Não interessa a teologia, a doutrina, mas sim como as pessoas se sentem. A pregação tem que ser emotiva e subsidiada por símbolos judaizantes que apelam à sensação e à imaginação como o Manorah, o Shoffá, o Talith, a Estrela de Davi, a Arca da Aliança e o Óleo da Unção.

Quando os pastores modernistas liberais organizam caravana-turística para Israel há um verdadeiro fetichismo com Israel. A propaganda gera uma teologia manca e deformada. Ao chegarem a Israel pessoas são rebatizadas nas águas do Jordão. A Bíblia diz que o batismo é único, singular e irrepetível. Esses liberais nada mais fazem do que vulgarizar o batismo subtraindo seu valor teológico. Além disso, a postura para com Israel chega à idolatria. Os pastores modernistas incentivam as pessoas trazerem sal do mar Morto, azeite do monte das Oliveiras, e pasmem, crucifixos feitos da cruz de Cristo. Quanta idolatria, quanta teologia ajeitada!

Endossando as suas práticas judaizantes os modernistas liberais chamam o prédio onde a igreja se reúne, na linguagem do Antigo Testamento, de “santuário”. Esses falsos mestres ainda não entenderam que o lugar onde as pessoas se reúnem para cultuar a Deus não é morada de Deus, portanto, não é santuário. O Deus Altíssimo não mora em prédios, mas nas pessoas convertidas. Os crentes, os salvos em Cristo Jesus, são o santuário (Atos 17:24; I Co 3;16; Hb 3;6). Na santa teologia, santo não é o lugar. São os salvos. Não é o piso do templo, nem as paredes laterais do templo, nem o teto, é o crente. Não temos cimento, ferro, pedra e areia santos. Temos pessoas santas!

Os sermões dos modernistas liberais além de fragmentados são carregados de versículos isolados, desarraigados do seu contexto. A Palavra de Deus é utilizada como pretexto e não como texto que afirma a fé. Eles usam a Bíblia não como regra de fé e prática infalível, mas como um amuleto para “exorcizar” e “amarrar” demônios. A cruz, a ressurreição de Jesus e a vida eterna com Ele são desvanecidas com a ênfase no aqui e agora. A fé é mensurada pelo ter bens materiais. A vida desses pastores é alicerçada em experiências místicas e em “novas revelações”. Por isso, que seus adeptos os idolatram chamando-os até de meritíssimo pastor.

As campanhas para construção de seus gigantescos templos não têm um pingo de escrúpulo. Com arroubo retórico e grandiloqüente falam em templos para 7000 pessoas, para 10000 pessoas, para 15000 pessoas e por aí vai. Usam técnicas de lavagem cerebral, despersonalização e manipulação para surripiar dinheiro dos fiéis. Em sua visão empresarial os pastores modernistas liberais avaliam os seus súditos pastores auxiliares pelo desempenho econômico, ou seja, pela capacidade de levantar ofertas.

Há uma epidemia de pastores modernistas liberais no Brasil: Edir Macedo, Valdemiro Santiago e R.R. Soares representam o “baixo-pentecostalismo”. Os modernistas liberais “clássicos” são os gurus: Silas Malafaia, Samuel Câmara, Samuel Ferreira, Jorge Linhares, Caio Fábio, Ariovaldo Ramos, André Valadão, Ton Sampaio, Robson Rodovalho, Renê Terra Nova, Ricardo Gondim, Marco Feliciano, Napoleão Falcão e Gesiel Gomes. Esses homens, à semelhança de Himineu e Fileto aprenderam a blasfemar, à semelhança de Janes e Jambres tornaram-se réprobos quanto à fé e como Demas amam o presente século.

Os representantes do “baixo pentecostalismo” e os “gurus clássicos” são tão perigosos quanto o vírus Ebola. Ensinam o que não convém, por torpe ganância. Erraram seguindo o caminho de Balaão tendo o coração exercitado na avareza. São abomináveis, e reprovados para toda boa obra. São filhos da perdição, pois engodam as almas inconstantes. Eles são como diz em I Timóteo 6:5: “Homens corruptos de entendimento e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro”, e continua: “Apartai-vos dos tais”!

Ir. Marcos Pinheiro

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A IGREJA MERCADO-TEATRO


                             A IGREJA MERCADO-TEATRO

 

Nesse tempo do fim, Satanás está lançando mão de suas últimas armas. Líderes estão dando ao povo um evangelho macio, adaptado aos padrões do mundo. Roupas na igreja? Qualquer uma serve: mini-saia, short, vestido transparente, tomara que caia. Música? “Rock cristão”, “samba evangélico”, “forró gospel”. A igreja atual é um templo-mercado-teatro. Mercado porque tem lucro de milhões em rendimentos com ações e aplicações financeiras. Teatro porque Deus tem sido tratado como um palhaço numa gaiatice de circo. Enfim, a igreja tem se transformado num grande parque temático. Nesse contexto, a fiel pregação da Palavra é substituída por anedotas motivacionais.

Os líderes da igreja Mercado-Teatro consideram a sucessão pastoral como se fosse uma empresa familiar, algo hereditário. Consagram seus filhos, sobrinhos e genros a pastores. Esses homens nunca perdem o senso de negócio. Por isso, fazem do ministério um cabide de emprego a fim de controlar e manipular os crentes-clientes. A igreja Mercado-Teatro é “rica”, “esplendorosa”, laodiceiana. Mas, o Senhor sente náusea e a vomitará!

O grande problema das igrejas Mercado-Teatro é que seus adeptos não estão envolvidos em koinonia cristã. As pessoas não se conhecem. Dirigem-se aos cultos-shows em busca de uma resposta mágica para seus problemas, inclusive, para o sucesso de seus negócios. O lema dos pastores dessas igrejas é: “Venham para minha igreja, temos tudo o que vocês necessitam: campanhas proféticas, orações proféticas, massagens de ego e culto dos empresários.

Os pastores das igrejas Mercado-Teatro estão travestidos de um “cristianismo judaizante”. Para impressionar seus fregueses, usam a terminologia incorreta para o templo sede chamando-o de santuário e suas congregações de catedrais. Aos seus cantores os chamam impropriamente de levitas.

Todo o Antigo Testamento aponta para Jesus e tem Nele o seu cumprimento. Ele cumpriu toda a lei (Mt 5:17). Ele é maior do que todo o cerimonial e o templo. Ademais, o ministério sacerdotal que inclui os levitas, se encerrou no Antigo Testamento. Todo ministério sacerdotal foi substituído integralmente por Jesus. A Bíblia diz que Jesus é o nosso sacerdote no céu (Hb 10:21) e sacerdote para sempre (Hb 5:6). No Novo Testamento não existe mais a figura do “sacerdote” se referindo a homens, a não ser em 04 ocasiões onde ela aparece no plural (1 Pe 2:9; Ap 1:6; 5:10; 20:6), nestes casos se referindo à toda igreja, ao conjunto do povo de Deus, como sacerdotes do Senhor. É o que Martinho Lutero chamou de: O Sacerdócio Universal de Todos os Crentes. Na relação dos dons citados nas Escrituras (Ef 4:11; 1 Pe 4:9-10; 1 Co 12:8-10; 28; Rm 12:6-8) não aparece o dom de “levita” e nem faz qualquer menção a ministérios sacerdotais.

Lamentavelmente, muitas igrejas históricas caíram no laço “macedoísta”. Criaram o chamado “culto dos empresários” onde se ensina a “fé do retorno financeiro”, ou seja, a “fé dolarizada”, “a fé eurolizada”. Você planta Real e recebe a recompensa de Deus em Dólar e em Euro. Que mentalidade pecaminosa!  Os líderes das igrejas Mercado-Teatro não enxergam um palmo além do próprio umbigo. O mamon ocupa suas megalomaníacas fantasias o que os fazem distanciar anos-luz da igreja primitiva em generosidade, amor, compaixão e comunhão com Deus.

Esses líderes se inspiram nos executivos de empresas de marketing de rede, como McDonald’s e Burger-King. Alardeiam a expansão de seu império e exibem suas aquisições materiais como sendo “bênçãos”. Justificam seu “sucesso” pelo jargão: “A glória da segunda casa será maior do que a da primeira”. A ascendência desses líderes é notória por todos. Começam com um Fusca, depois um Pálio, depois um Eco-Sport, depois um Corola, depois uma BMW a prova de bala. Como chegaram ao topo do transporte terrestre, adquirem um Jatinho. Mais tarde, troca de esposa e vai morar numa cobertura na beira mar. Tudo é contado do púlpito como testemunho.

Esses líderes perderam a visão de que o Evangelho é sobre nossa intimidade com Deus e não sobre nossa comunhão com a ostentação. Cristo não é mais exaltado por ser o provedor de riquezas. Ele é mais exaltado por satisfazer a alma daqueles que se sacrificam pelo Evangelho. Paulo, Pedro, Estevão e tão grande nuvem de testemunhas deram-se ao martírio em nome da eternidade e não em nome da ostentação. Esses réprobos mercadores esqueceram que nosso compromisso é com a Jerusalém celestial e não com as coisas efêmeras desta vida. Simplicidade não é escândalo, nem maldição como quer a nefasta teologia da prosperidade. É urgente resgatar a credibilidade da igreja trocando a jactância pelo verdadeiro testemunho.

O verdadeiro Evangelho não tem nenhuma associação com o mundo de negócios, nem com sucesso de bilheteria.

Ir. Marcos Pinheiro