domingo, 1 de outubro de 2017

MONUMENTO PARA SI

                                                   MONUMENTO PARA SI


Vivemos a época de pastores escravos do personalismo. Busca holofote, visibilidade. Busca reconhecimento, prestígio, fama, aplausos. Busca glamour, pompa, status. Busca ovações.

Deus não nos salvou para ficarmos no pedestal. O Senhor nos salvou para nos esvaziarmos de nós mesmos. Salvou-nos para sermos pequenos. Jeremias nos exorta: “Procuras tu grandeza? Não as busques” (Jr 45:5). Não fomos chamados para ser estrela, nem monarca. Fomos chamados para sermos súditos.

Os mártires do cristianismo nunca buscaram ovações. Morreram por sua fidelidade a Deus. Há pastores que precisam abandonar a ideia de que é dever de Deus lhe tornar grande. Precisamos ser fascinados pela teologia da cruz. Paulo enfatiza: “Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6:14).

Certa vez os discípulos perguntaram a Jesus: “Senhor quem é o maior no Reino de Deus?” Talvez esperassem que Jesus dissesse: é o que faz mais milagres; é o que canta no coral da igreja; é o que dedilha melhor a guitarra; é o que faz mais obra social; é o que constrói templo suntuoso; é o que mais é ovacionado em seu ministério. A resposta de Jesus foi desconcertante. Colocou uma criança no meio deles e disse-lhes que precisavam se tornar como criança, caso contrário, não entrariam no Reino de Deus.

Charles Spurgeon pontuou: “Haveria Jesus de ascender ao trono por meio da cruz, enquanto, esperamos ser conduzidos para lá nos ombros das multidões em meio a aplausos?” Disse ainda: “Quando eu for sepultado e se acaso alguém tenha de escrever algo sobre mim, que seja o seguinte: aqui jaz o corpo de um João ninguém, esperando pelo surgimento de seu Senhor e salvador Jesus Cristo”.

George Whitefield declarou certa vez: “Que o nome de George Whitefield seja esquecido e apagado, na medida em que o nome do Senhor Jesus seja conhecido”.

Crisóstomo conhecido pela sua pregação ungida era interrompido muitas vezes pelos ouvintes por aplausos. Ele não gostava disso. Era comum ouvir Crisóstomo dizer aos ouvintes quando lhe ovacionavam: “O que é isto? Um teatro? Porque vocês interrompem minha pregação com aplausos? Antes façam o que digo ao invés de me aplaudirem por tê-lo dito”.

George Muller disse: “Chegou o dia em que morri para George Muller; morri para tudo que eu era, que tinha, possuía e esperava ser; morri completamente para George Muller”.

Os puritanos rejeitavam entrevistas nos jornais, assinavam suas mensagens apenas com as iniciais, pois temiam que alguém pudesse honrá-los e roubar de Cristo toda glória. Eles não queriam que a capa de seus livros fosse a cores, nem tivessem suas fotos para evitar que as pessoas se distanciassem em relação à mensagem neles contido.

Que os soberbos aprendam com Jesus, Paulo, os mártires do cristianismo e tantos homens de Deus do passado.

Ir. Marcos Pinheiro

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